A campanha do Tour Virtual 360° da Vround explora marcos arquitetônicos e icônicos em São Paulo, propondo experimentações gráficas, visuais e sensoriais, desafiando nossa maneira de experienciar o espaço e a cidade. O Sesc Pompéia, fundado em 1986, é uma das obras mais aclamadas da arquiteta Lina Bo Bardi, juntamente ao MASP e a Casa de Vidro. Originalmente, o espaço era uma fábrica de tambores, e para o projeto estava prevista a demolição dos galpões antigos, para dar espaço às áreas de convivências, espaços de lazer e complexo esportivo. Hoje, o projeto é aclamado e reconhecido como obra arquitetônica exemplar internacionalmente, sendo pioneiro em interação do novo com a arquitetura existente.

A capacidade de transportar pessoas a lugares e fazer com que experienciem a arquitetura se tornou ainda mais imersiva. O valor dos espaços está não só em sua estética e funcionalidade, mas em como criar um ambiente e em como as pessoas se sentem ao experienciar aquele espaço. Com isso, a realidade virtual se aproxima de uma experiência física, quando se possibilita a opção de visitar um lugar virtualmente, visualizando o espaço em 360 graus e imersamente. Além de visitar o espaço, é possível visitar exposições também. No caso do SESC Pompéia, a exposição “Entrevendo” de Cildo Meireles foi fotografada pela equipe da Vround, desafiando os limites da imersão virtual para a apreciação da arte.

“Entrem, coloquem-se em círculo. Durante algum tempo olhem-se calma e atentamente, sabendo que talvez isso nunca mais volte a acontecer.” Esta é a frase que convida os visitantes a adentrarem a obra e terem uma experiência de interação única. A obra “(Entre. Parêntesis)” (2005-2007), localizada no deck do SESC, foi explorada aqui rompendo barreiras de percepção de estética e espaço. 

Uma filmagem 360 proporciona uma interação com o espaço que uma imagem plana não sonha em alcançar. A possibilidade de rotação da tela, em todas as direções para que se tenha uma percepção holística do espaço, faz com que a sensação seja de que o espectador está dentro do espaço, de uma maneira natural e orgânica. Para isso, recomenda-se o uso de um óculos de VR, ou através da própria tela do smartphone ou computador. Isso proporciona implicações e possibilidades diversas para a visualização da arquitetura, que antes eram inimagináveis.

Pode-se dizer que uma percepção mais honesta e natural do espaço é proporcionada, uma vez que não há ângulo e produção para a fotografia e vídeo, pois pelas imagens podem ser vistas todos os cantos, defeitos e relações possíveis dentro do espaço. Assim, a percepção dos espaços, e a apreciação da arquitetura foge to bidimensional e do que está apenas enquadrado, e atinge novos patamares, talvez até mais humanizados, de experiências e apreciação arquitetônica.